Março é símbolo de História, daquela de que tão pouco se fala e que, ano após ano, se celebra, muitas vezes, sem se conhecer. Dia 25 de Março de 1911, Nova Iorque: cerca de 600 operários (homens e mulheres) trabalhavam na fábrica de têxteis Triangle Shirtwaist quando um incêndio tirou a vida a 143 Trabalhadores — 14 homens, 129 mulheres. Um ano antes, o Sindicato de Trabalhadoras dos Estados Unidos da América tinha organizado uma greve com vista à melhoria das condições de trabalho para a classe operária feminina, que até então era obrigada a trabalhar mais horas por dia, recebendo menos que os homens. Desde então, Março é o mês da Mulher.
Enquadramento histórico feito, saltamos para o dia de hoje: 8 de Março de 2020. O dia nasce soalheiro, ao contrário do que tem acontecido. Sinal de esperança numa luta que se mantém actual desde o início do século passado.
Não há ano em que não se celebre o Dia Internacional da Mulher e, em Carnide, o peso deste dia é importante. Para assinalar a história daquelas que se sacrificaram e por todas as Mulheres que ainda hoje se esforçam, muitas vezes sem lhes ser reconhecido o devido mérito nas conquistas, há flores para distribuir. Um gesto simbólico mas que enche a freguesia de cor e esperança num amanhã melhor.
O Presidente, Fábio Sousa, e alguns técnicos da Junta de Freguesia percorrem Carnide. Bairro a bairro, rua a rua. Nenhuma Mulher fica sem flor, nem mesmo as que ficaram em casa. Há homens que pedem flores no caminho para honrar a esposa, a mãe, a filha. Porque toda a Mulher é símbolo de resistência, resiliência e da luta por um amanhã melhor.