Apelidada por muitos de “a mais bela altura do ano”, o Natal é tempo de união, amor e partilha. Os três pilares que se ergueram, uma vez mais, em Carnide.
Neste último ano, quantos foram os momentos em que olhou para o lado e viu quem estivesse de pescoço curvado, como quem olha para o chão de onde devia nascer vida, mas onde, pelo meio, existe um telemóvel que lhe rouba a atenção?
Se há época onde o caminho que nos atrai aos ecrãs pode e deve ser interceptado, é esta. Uma missão que se torna mais fácil quando há espírito de união e comunidade, ampliados em Dezembro, em Carnide.
Até há alguns dias atrás, passar pelo Largo das Pimenteiras, era sinónimo de esperança. No futuro, nas pessoas. Uma árvore de proporções semelhantes à energia dos objectos que carregava: cabides. Este ano, a Rede de Cultura da freguesia convidou as instituições locais a partilhar a sua missão na forma estreita e firme de um cabide. Um objecto simples, mas que encerra em si um peso imensurável: o suporte das roupas que todos os dias nos protegem, nos caracterizam e que tantas vezes nos tomam de assalto o ânimo. Uma árvore de natal comunitária que, em 2019, foi o espelho do suporte que cada instituição presta à comunidade.
As luzes acenderam-se a 12 de Dezembro, entre as gotas da chuva que caía nessa noite, a tempo de celebrar o advento com um concerto de clássicos desta quadra, num género em tudo diferente do habitual: jazz. António Palma e Tó Cruz deram corpo e voz às músicas que tantas vezes ouviu em Dezembro, numa noite única, na Igreja da Luz.
Se o tempo foi de união e partilha entre a família, houve espaço para todos, no primeiro Mercado de Natal de Carnide. Quatro dias em que a Lapónia se apropriou do Largo da Luz, onde os mais novos puderam privar com o Pai Natal e roubar-lhe duas ou três fotografias, enquanto os pais, tios e avós se brindaram com o artesanato que fechou o perímetro do Largo.
Uma forma diferente de viver esta época, assente nos pilares fundamentais que erguem o Natal: família, amor e partilha.